Barragens em fim de vida dão origem a 20 hectares de terra para cultivo

Um grupo de trabalho criado pelo Governo vai identificar, até final do primeiro trimestre de 2017, barragens obsoletas existentes em Portugal e elaborar um plano para as demolir.

“Há um conjunto significativo de barragens que atingiram a sua vida útil e que hoje, do ponto de vista social e ambiental, já não justificam a sua existência” e, por isso, o Governo pretende que sejam demolidas para permitir o “escoamento natural” da rede hidrográfica, explicou Carlos Martins, aos jornalistas, após ter assistido ao início da demolição da barragem da Misericórdia, no concelho de Beja.

Esta barragem e a da Sardinha, no concelho de Serpa, também no Alentejo, começaram a ser demolidas, no âmbito da Estratégia Global de Reposição do Continuum Fluvial, que visa a reposição das características dos sistemas fluviais e dos habitats aquáticos e ribeirinhos.

As demolições das duas barragens alentejanas, “além do trabalho do ponto de vista hídrico, que é importante”, vão permitir “libertar” para a atividade agrícola 12 hectares de solos no concelho de Beja e cerca de 18 hectares no concelho de Serpa, o que, “em termos de produtividade, é importante”, frisou Carlos Martins.


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